“Metrópolis está diferente do que era, mas não significa que está quebrada”
Com um elenco diverso, um ritmo diferente e cheio de referências a animações japonesas, Minhas Aventuras com Superman está em sua segunda temporada. Tivemos a oportunidade de assistir os três primeiros episódios. Neles, enquanto expande o universo de Clark Kent e Lois Lane, a produção não deixa de lado o mais importante: que, em Metrópolis, “todos podem ser heróis”.
A lembrança desse ensinamento é o que parece se manter nos diálogos, personagens e tramas envolvendo o Superman. Nelas, temos o retorno de antigos vilões e a apresentação de novas ameaças, mas sem esquecer o que faz a animação continua pulsante, o amor de Clark pela imprevisibilidade humana.
O amor do Superman pela humanidade
Com a voz de Jack Quaid, o Superman de Minhas Aventuras com Superman mostra, mais uma vez, sua vulnerabilidade ao lado da Lois Lane de Alice Lee. O curioso aqui é como o novo ano da série tem espaço para abrir as asas e compartilhar os medos do alienígena também com o Jimmy Olsen de Ishmel Sahid.
Nos três primeiros episódios da temporada, o destaque fica para os novos cargos e funções dos personagens, mas também em como, mesmo cercados de mudanças, o time prodígio do Planeta Diário continua sendo uma família. É nesse lugar de “família escolhida” que o herói cria alguns dos momentos mais emocionantes deste início de temporada.
Não por percebermos o carinho do herói por Lois, Jimmy e toda a humanidade que insiste em salvar, mas por cada conflito torná-lo mais “humano” do que qualquer um. Aqui, Clark e Superman, suas duas personas, demonstram medo, amor, solidão, solidariedade e empatia.
Esse turbilhão de sentimentos é apenas a ponta do iceberg, uma vez que, ao fundo da Fortaleza da Solidão, ele ainda questiona sua origem, responsabilidade e propósito. O que levanta uma questão importante: O que será do futuro de Minhas Aventuras com Superman?
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O que Minhas Aventuras com Superman guarda?
Apesar de um início contagiante, os três primeiros episódios também escondem um problema. Entre diversos destaques para a temporada, algo que estampou os cartazes e protagonizou os trailers é a introdução de Kara Zor-El, a Supergirl.
Curiosamente, a partir deste começo, a participação da prima de Clark Kent promete ser menor do que a expectativa do público. Por um lado, essa decisão criativa dá espaço para, pelo menos, mais uma temporada da animação, porém, também faz com que o público questione o porquê de ainda não termos caído de cabeça na história da jovem kryptoniana.
Ao invés disso, Superman parece preso em questões mundanas e simplórias envolvendo Lex Luthor, Amanda Waller e o pai de sua namorada. Além de vilões como Curto-Circuito e figuras carimbadas dos quadrinhos como Silas Stone e John Irons.
Admito que esse “lugar comum” da vida do herói, em que o dia a dia é mais importante que a grande trama central, é o charme da animação; Mas, em um momento onde é necessário tanto esforço para captar a atenção do espectador, talvez seja preciso exigir algo mais “extraordinário” do Homem de Aço.
Mas, todas essas exigências e desejos são apenas expectativas para uma temporada que ainda irá se estender por mais sete episódios.
Novos episódios de Minhas Aventuras com Superman chegam todo sábado na Max.