Sexta edição do Melanina Acentuada aconteceu no final de julho em Salvador
Em um país em que a maioria da população é preta ou parda, como o Brasil, é no mínimo estranho que essa proporção não seja refletida nas mídias. Com oficinas, poesias e apresentações teatrais, o Festival Melanina Acetuada tomou a cidade de Salvador no final de julho para levantar esse questionamento.
O que rolou no Festival Melanina Acentuada?
Idealizado pelo multiartista Aldri Anunciação, o evento explorou o tema “Qualidade Transmídia das Narrativas Negras”, isto é, o poder destas histórias de circularem por diferentes meios. Este foi o caso da peça “Avesso da Pele”, encenada no evento, que foi adaptada do premiado livro homônimo de Jeferson Tenório.
A proposta era promover discussões que enriquecessem o letramento racial da população, ou seja, a ideia é fazer com que mais pessoas entenda sem complicação as principais formas de agir de forma antirracista. Para isso, a maior parte das atrações sequer cobrou entrada, convidando pessoas de todos os tipos para as suas atividades.
O grande destaque ficou para a premiada peça “Macacos“, de Clayton Nascimento. Depois de passar por Chicago, Amsterdam e Santiago, o espetáculo brasileiro chegou a capital baiana por um preço popular, trazendo uma oportunidade incrível para novos públicos refletirem sobre negritude antes de decolar de volta para a Europa.
A sexta edição do Festival Melanina Acetuada aconteceu entre 23 e 28 de julho.