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Fairy Tail 2, Like a Dragon Pirate e mais: O que esperar dos jogos inéditos da BGS 2024?

BGS Preview Mario Dune Hunter Hunter

BGS Preview Mario Dune Hunter Hunter

BGS 2024 trouxe mais jogos inéditos que edição anterior, mostrando uma prévia do que vem por aí

No último final de semana, o Gueto Geek esteve presente na Brasil Game Show 2024, tradicional feira de games que reúne grandes apostas das empresas para os próximos meses. Dezenas de jogos aguardados, como Sonic x Shadow Generations, Super Mario Party Jamboree e Fatal Fury: City of the Wolves puderam ser testados com antecedência. Claro que nossa equipe não perdeu nenhum! Reunimos aqui um compilado de previews de tudo que você pode esperar desses futuros lançamentos.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii

Like a Dragon Pirate Yakuza in Hawaii
Loucura extrema na BGS 2024 (Créditos: SEGA)

Como inovar em uma franquia com quase vinte anos de existência? Desde seu lançamento em 2005, a série Yakuza tem se debruçado em suas longas histórias dramáticas com picos de ação em um mundo aberto que utiliza elementos de RPG. Ao longo dos anos, os jogos sofreram poucas alterações, pelo menos até seu universo se expandir com títulos como Yakuza: Like a Dragon, Like a Dragon: Ishin! e Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name.

Like a Dragon Pirate Yakuza in Hawaii não é diferente nesse quesito. Assim como seus recentes antecessores, o jogo se debruça no lúdico ao transformar Goro Majima em um herói de RPG com habilidades mágicas que incluem se multiplicar e até utilizar um gancho de pirata.

Mas o melhor desse curto teste é como o jogo deixa sua mecânica de turno de Like a Dragon de lado e retoma o ritmo intenso de ação. Aqui, não espere habilidades pré-estabelecidas e uma jogatina cadenciada, pois é o jogador que dita o ritmo, o que significa “macetar” o controle e muitos socos para distribuir. A maior novidade, a exploração naval, pode ter ficado de lado, mas o que pudemos ver de Pirate Yakuza in Hawaii nos deixou bem animados.

Hunter x Hunter – Nen x Impact

Hunter x Hunter Nen x Impact
Cai pra dentro pra ver quem é o melhor caçador (Créditos: Arc System Works)

No estande da Arc System Works, a grande estrela era Hunter x Hunter – Nen x Impact, novo game de luta que adapta o eterno mangá de Yoshihiro Togashi. Na demo disponível no evento, o elenco era bem diminuto, mas contava com os personagens mais populares da franquia — incluindo Gon, Killua, Kurapika, Leorio e Kisoka — para que os visitantes se enfrentassem em calorosas batalhas 3v3.

As lutas lembram tranquilamente os combates de Marvel vs Capcom: o que é ótimo. Com botões dedicados para golpes especiais, é fácil aprender a jogar com seus caçadores favoritos. Em pouco tempo estava lutando de igual para igual com meu colega, rato de jogo de luta, o que é um bom sinal pra um game com uma proposta mais casual. Qualquer fã do anime pode se sentir poderoso sem muito esforço.

O sistema de trocas, por outro lado, é um pouco mais confuso. Convidar heróis para uma rápida ajuda no meio da batalha funciona exatamente como deveria, mas trocar de combatente é menos intuitivo que em outros games de luta de anime, como Naruto Ultimate Storm. No final, promete ser um game que ainda consegue fisgar esse público, menos experiente, mas oferecendo uma complexidade um pouco maior para quem estiver disposto a se aprofundar.

Fairy Tail 2

Fairy Tail Game
Fairy Tail 2 tem tudo para ser exatamente o que os fãs esperam… (Créditos: Koei Tecmo)

Descobrir dois grandes games japoneses inéditos no estande da Samsung foi uma baita surpresa. Especialmente Fairy Tail 2, que desembarcou na Brasil Game Show diretamente da exclusivíssima Tokyo Game Show — um grande mimo da Koei Tecmo para os fãs brasileiros.

Mesmo não conhecendo a fundo o universo de Hiro Mashima, o novo RPG da franquia me encantou rapidamente com um mundo rico, imersivo e dinâmico. Lembrou bastante o controverso One Piece Odyssey, tanto pelas semelhanças quanto pelas diferenças.

Por um lado, o combate, apesar de menos estratégico, empolga bastante com sua agilidade, que incorpora elementos de beat’em up. Por outro, o visual animesco encanta como qualquer outro jogo do gênero, sem realmente impressionar como o capricho visual de seu rival. No fim, o maior destaque promete ser a sensação gostosa de explorar o mundo do anime com seus personagens favoritos, o que faz toda diferença para a experiência final.

Dynasty Warriors Origins

Dynasty Warrios Origins
Dynasty Warrios Origins impressiona pela fluidez em meio ao caos (Créditos: Koei Tecmo)

A outra surpresa da Koei Tecmo, escondida no gigantesco estande da Samsung, foi Dynasty Warriors Origins, a próxima evolução do infame subgênero musou. A franquia conquistou um nicho muito específico de fãs que vibra com a cultura japonesa e a possibilidade de derrotar hordas e mais hordas de inimigos sem muita dificuldade com o apertar de alguns botões. Em Origins, não será diferente.

O novo game da franquia mantém tudo que os fãs mais curtem na saga e desafiam os limites do processamento dos consoles da nova geração ao oferecer visuais absurdamente realistas, com uma quantidade surreal de inimigos na tela, sem engasgos no frame rate.

O grande destaque do título é definitivamente sua fluidez. Atravessar os vastos mapas inspirados na China Antiga não exige qualquer esforço, nem do jogador, nem do console, diferente de outros títulos da franquia como Hyrule Warriors: Age of Calamity. Assim, sobra tempo para estratégia e para conquistar o que parece ser um excelente game de ação.

Sonic x Shadow Generations

Sonic x Shadow Generations
Shadow é a sensação do momento (Créditos: SEGA)

Quem estiver animado para rever o ouriço azul nos cinemas, em Sonic 3: O Filme, deve saber da grande novidade: este é o ano de Shadow, o ouriço sombrio. Na demonstração de Sonic x Shadow Generations, destaque do estande da SEGA, era a jogabilidade inédita do anti-herói que mais chamava a atenção.

O teste trazia duas opções: jogar uma versão remasterizada do icônico Sonic Generations, de 2011, ou duas fases inéditas protagonizadas pelo clone sombrio. Não muito diferente do que foi feito no recente remaster de seu rival, Super Mario 3D World + Bowser’s Fury, o que é um ótimo sinal. Como no game da Nintendo, o conteúdo inédito não revoluciona a experiência, mas traz um novo contexto que satisfaz a sede por novidade.

No caso de Shadow, sua jogabilidade não é tão diferente do Sonic moderno. Para prosseguir em sua fase, bastava apenas correr em frente, atento para apertar o botão de ação quando fosse necessário atacar ou ganhar mais distância. A grande diferença era a sua habilidade de congelar o tempo, que era crucial para superar uma série de obstáculos em seu caminho. Divertido. Funciona na prática. Mas será que é o suficiente para justificar um game inédito? Só aguardando o lançamento para descobrir.

Dune: Awakening

Dune Awakening
Dune Awakening

Survival e MMO são um dos gêneros que sempre atraem jogadores devido a suas interações com o mundo e outras pessoas. Em Dune: Awakening poderemos explorar cada canto de Arrakis, o principal planeta de Duna, obra escrita por Frank Herbert. Como um jogo de sobrevivência será necessário coletar recursos para sanar sua sede, construir armaduras e também uma base. Suas mecânicas de sobrevivência são bem simplificadas para que quem não tenha o interesse seja capaz de prosseguir sua jornada e para quem gosta é possível passar horas modelando sua casa perfeita, misturando os estilos dos Atreides e também dos Harkonnen.

Coletar recursos e construir itens é só uma pequena parte de Dune: Awakening. Ele se destaca primeiro por trazer um mundo alternativo onde Paul Atreides não nasceu, dando uma maior importância para seu protagonista e também pelo seu conteúdo de endgame. Depois de chegar ao nível máximo, o jogador poderá participar das guerras por especiarias, onde é preciso usar todas as habilidades e armas adquiridas em uma atividade extremamente caótica, misturando muito bem os dois gêneros dos jogos. Com o mundo visualmente impressionante e suas atividades, Dune: Awakening pode ser um dos grandes destaques de 2025.

Fatal Fury: City of the Wolves

Fatal Fury City of the Wolves
Fatal Fury City of the Wolves tem potencial para ser o novo queridinho de luta (Créditos: SNK)

Estamos prestes a presenciar o retorno da SNK a seus tempos de glória! Pelo menos foi essa sensação que ficou depois de jogar um pouco de Fatal Fury: City of the Wolves. O novo game da dormente franquia de luta aprendeu as lições certas de Street Fighter 6 e conseguiu se atualizar de uma forma coerente e competente. Assim, o novo título oferece batalhas velozes, que incentivam a agressividade e extraem o máximo de seus jogadores.

Cheio de personalidade, o visual finalmente acerta o equilíbrio perfeito entre o realismo e o cartunesco, apresentando a direção de arte mais marcante da era moderna do estúdio. A mesma repaginada pode ser sentida nos personagens, que não apenas trazem designs completamente novos, que vão dividir o público, como também entregam movimentos que transbordam estilo. Um prato cheio para quem é fã do gênero.

Metaphor: ReFantazio

Metaphor Refantazio
Metaphor Refantazio

Metaphor: ReFantazio já está disponível para os principais consoles de mesa, mas o game esteve presente dias antes do seu lançamento no estande da SEGA. Trazendo o melhor da série Persona, Metaphor: ReFantazio é, facilmente, um dos melhores lançamentos do ano.

Nele, cada exploração e combate exala a experiência de jogabilidade de Persona e Shin Megami Tensei. Porém, é sua história instigante — que deixa de lado o tom colegial de Persona 3, por exemplo —, que demonstra como Metaphor está longe de ser apenas um repeteco da fórmula que colocou a Atlus no mapa.

É difícil colocar em palavras o quão animador é Metaphor: ReFantazio. Com tantos pontos positivos — que vão desde arte, música e jogabilidade —, o que podemos dizer é que este é um título que vale a pena conferir.

Super Mario Party Jamboree

Super Mario Party Jamboree
Super Mario Party Jamboree levou uma amostra da festa para a feira (Créditos: Nintendo)

Outro game que em breve estará disponível para o grande público é Super Mario Party Jamboree, novo exclusivo de Nintendo Switch. A versão completa esteve disponível no estande da Nintendo, mas apenas uma pequena parte do game pôde ser testada: os minigames.

Pelo o que pudemos ver, este tem tudo para ser o maior jogo da franquia. Os gráficos parecem ligeiramente mais modestos que os mais recentes títulos da saga, mas a criatividade em cada minigame apresentado alcança níveis estratosféricos. Tem um certo frescor que a franquia não via desde a era do Nintendo GameCube. Certamente tem tudo para ser a experiência definitiva da franquia, se também caprichar nos tabuleiros.

Popucom

Popucom
Popucom não tinha o direito de ser tão bom (Créditos: Gryph Frontier)

No primeiro dia explorando a feira, eu e meu colega de equipe, Ygor Oliveira, esbarramos em um game que chamou atenção pelo seu visual super bem acabado, apesar de ser relativamente desconhecido. Não estava em um estande das grandes empresas, mas tinha um ar de AAA — especificamente algo que a Nintendo faria. Resolvemos dar uma chance. E olha… Descobrimos o melhor jogo da BGS 2024.

Popucom é um game difícil de explicar. Ele entra na categoria de jogos casuais de plataforma, algo que a Nintendo adora, mas o foco é a cooperação entre os jogadores. No teste, dois amigos poderiam jogar no mesmo console, alternando as cores únicas de seus personagens e ativando escudos que serviam de plataformas, para superar desafios. Se fosse só isso, já seria uma experiência gostosa o suficiente, mas ainda tem mais.

Para derrotar os inimigos, é preciso primeiro quebrar a sua guarda em uma espécie de Candy Crush em tempo real. Assim como no sucesso mobile, precisa reunir ao menos três esferas da mesma cor para quebrar uma corrente, mas ao invés das pacientes trocas feitas manualmente no celular, em Popucom o desafio é acertar essas combinações em tempo real, enquanto desvia de ataques, por meio de um combate de tiro em terceira pessoa. É uma experiência caótica que exige cooperação ao máximo que marcou nossa passagem pela BGS. Mal podemos esperar para jogar no PlayStation, já que por algum motivo o game não chegará ao Switch.

Path of Exile II

Path of Exile
Path of Exile

O primeiro Path of Exile foi lançado com a ideia de tentar reproduzir a experiência de jogar Diablo 2, já que naquele momento o terceiro jogo da franquia da Blizzard não estava atingindo as expectativas de seu público. O jogo foi se tornando cada vez maior e se destacando primeiro por ser single-player e também por ser gratuito diferente de Diablo. Agora que Path of Exile já é um nome conhecido, a expectativa para o segundo jogo está altíssima e o teste disponível na BGS conseguiu manter seu nível de qualidade.

No teste disponível era possível acessar uma parte inicial do jogo ou então um momento mais avançado para os mais experientes. Visualmente Path of Exile 2 é impressionante, em especial nos efeitos das magia e também nas explosões de corpos pintando o terreno de vermelho. A principal mudança que pode se notar inicialmente é no sistema de habilidades do jogo.

No primeiro Path of Exile, cada item equipado tem certos espaços de gemas que dão acesso a habilidades ativas e passivas e é assim que é definido a build de seu personagem. No segundo, os espaços da gema não estão atrelados aos seus itens, fazendo com que não seja necessário passar um grande tempo farmando inimigos para adquirir seus itens ideias. Para deixar ainda mais fácil de moldar o personagem da sua própria forma é possível ter uma seleção mais simples de suas gemas para que não se dependa tanto dos elementos aleatórios.

As novidades tornam o jogo mais acessível sem reduzir toda a profundidade que atraiu a atenção do público no primeiro. O grande problema que já vem do primeiro Path of Exile é o fato dele sobrecarregar o jogador inicialmente com sua grande quantidade de sistemas diferentes que não são muito bem explicados e também sua dificuldade.

Jackbox: Survey Scramble

jackbox games
Game esteve disponível em português no evento (Créditos: Jackbox)

Quem conhece a franquia Jackbox Games tem uma noção básica de como funciona todos os seus games — jogos simples, casuais, para muitos jogadores, em que o humor e a criatividade é a chave de tudo. No final, esses jogos são grandes desculpas para você zoar com os amigos. E Survey Scramble é possivelmente o título que explora este conceito da forma mais diferente.

O objetivo deste jogo é acertar quais são as palavras mais populares na sua cultura local, no nosso caso o Brasil, em diferentes temas. E as palavras que mais pontuam no jogo estarão em constante mudança, de acordo com as respostas dos jogadores. Desta vez, não basta apenas ser criativo para ganhar. O mais importante é ter um pensamento rápido e conhecer bastante o que as pessoas, num geral, acham. Uma variação interessante de uma franquia que está explorando novos territórios.

Arknights Endfield

Arknights Endfield
Arknights Endfield entrega o esperado para um gacha de exploração (Créditos: Gryph Frontier)

Nenhum evento de games está completo sem um estande gigantesco de Genshin Impact, preparado pela HoyoVerse. Porém, desta vez, o grande gacha de anime precisou se preocupar com um rival cheio de potencial: Arknights Endfield.

Em um estande bem mais modesto, mas igualmente cobiçado, o game apresentou um competente mundo aberto onde a exploração e o combate andam lado a lado. Nos poucos minutos que passamos ao lado do jogo, não houve muito que diferenciasse o jogo do gigante chinês além do visual do mapa, consideravelmente mais caprichado e realista, e da trama, que parece mais madura e complicada. Se estas são coisas positivas, só o tempo dirá. Mas tudo indica que esta será uma alternativa sólida para os fãs de gacha de anime.

Two Point Museum

Two Point Museum
Two Point Museum

Two Point Museum deixa de lado os hospitais e faculdades para focar em um ambiente que promete abrir portas para todo tipo de conteúdo: os museus. Assim como seus antecessores, Two Point Hospital e Two Point Campus, o novo jogo mergulha no gerenciamento de um grande empreendimento. Para isso, temos exploração, reparação de artefatos e lógicas únicas para fazer seus clientes circularem por todo o espaço do museu.

Apesar de não gostar tanto de jogos de gerenciamento, a verdade é que me vi cada vez mais curioso com a lógica de Two Point Museum. Perceber como uma simples mudança de posição de placa pode fazer toda a diferença, me fez querer testar todas as organizações possíveis.

Pensando bem, o novo jogo da Two Point Studios não é apenas um simples “business simulation”, mas uma experiência capaz de fazer qualquer esquecer do mundo ao redor e relaxar.

A BGS 2025 ainda não tem data para acontecer. O evento costuma ocupar o feriado de Nossa Senhora da Aparecida, em outubro.

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